A Lua exerce um poderoso efeito sobre a vida na Terra e, em Astrologia, é associada ao lar, ao vínculo materno, às emoções e ao sentimento de familiaridade. Mas a nível científico são também estudados os efeitos que a Lua exerce sobre a nossa mente e sobre os padrões de sono.
Ao longo de 28 dias a Lua atravessa quatro fases distintas, as quais correspondem à face iluminada pelo Sol e vista a partir da Terra: na Lua Cheia, metade da Lua é iluminada, o que faz com que a vejamos como um disco branco no Céu, na Lua Nova a face lunar que reflete a luz do Sol é aquela que não é vista da Terra, o que faz com que ela “desapareça” do Céu. Tal sucede devido à órbita da Lua em torno da Terra e devido à própria órbita terrestre já que, à excepção do Sol, os restantes astros se encontram em permanente movimento orbital.
A energia que a Lua emite em cada fase lunar é também distinta, e isso traduz-se no impacto que tem sobre o nosso dia-a-dia:
- na Lua Nova há uma energia de quase “paragem”, em que se começa um novo ciclo e, portanto, o movimento é menos evidente;
- na fase de Quarto Crescente há um aumento constante de energia lunar, que dinamiza as nossas ações;
- na Lua Cheia a energia da Lua atinge o seu pico máximo em relação à Terra, deixando-nos mais agitados, tensos, nervosos e, por outro lado, também mais dinâmicos;
- na fase de Quarto Minguante a energia vai diminuindo progressivamente, abrandando.
No que diz respeito ao sono e à atividade cerebral enquanto dormimos, vale a pena lembrar que, quanto maior é a superfície lunar iluminada, mais luz ela reflete sobre a Terra, o que pode interferir com a qualidade do nosso descanso e com o nosso sono. A luz é um dos fatores que afeta o ciclo circadiano, isto é, o nosso “relógio interno”, que resulta da resposta do cérebro aos estímulos exteriores como a luz e a temperatura.
Assim, embora não haja provas científicas conclusivas, o nosso sono tende a ser afetado pela fase em que a Lua se encontra:
- Na Lua Cheia tendemos a ter maior dificuldade em adormecer, o nosso sono é mais leve e agitado, havendo maior probabilidade de sofrermos insónias;
- Na fase de Quarto Crescente, embora não seja ainda tão intensa, a energia encontra-se já num movimento de aumento, o que pode deixar-nos mais agitados quando dormimos, principalmente nos últimos dias desta fase;
- Na Lua Nova, pelo contrário, tendemos a sentir-nos mais cansados, tendo mais sono, dormindo mais profundamente e por mais horas, e tendo maior dificuldade em despertar;
- No Quarto Minguante o nosso cérebro tende a procurar descansar, o que faz com que nos sintamos mais relaxados e cansados.
Astrologicamente, considera-se que as pessoas que têm a Lua numa posição forte no seu Mapa Astral – pessoas com signo solar, lunar ou Ascendente em Caranguejo, signo regido pela Lua, por exemplo – podem ser mais suscetíveis à influência lunar, a qual também varia conforme o signo em que a Lua se encontra. Ao longo do mês a Lua passa cerca de dois dias em cada um dos doze signos do Zodíaco e, considerando, por exemplo, que a Lua entra na fase de Lua Cheia e está no signo Touro, as pessoas desse signo, e do signo Escorpião, que lhe está oposto, tenderão a sentir mais os efeitos dessa Lua Cheia em particular.
Quando há uma Super Lua a energia lunar é amplificada, já que a Super Lua resulta do facto de a Lua se encontrar mais próxima da Terra, parecendo maior e mais brilhante, e, nesse caso, a energia lunar é ainda mais intensa, e há maior probabilidade para sofrer com insónias e perturbações do sono.